O Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal do Pará, nasce dimensionado para formar antropólogos em nível de mestrado e doutorado, contribuindo para aumentar a oferta de recursos humanos regionais e nacionais capacitados para a urgente tarefa de trazer subsídios para a solução de questões prementes, postas pela sociedade, principalmente a amazônica, e contribuir, assim, para o planejamento de políticas públicas e programas mais adequados aos grupos, povos e populações que habitam a região. As linhas de pesquisa dos docentes-pesquisadores envolvidos no Programa estão voltadas, de modo geral – mas, não exclusivemante -, a temáticas regionais.
Os docentes-pesquisadores, juntamente com os discentes que se agregam ao PPGA, têm atuado de forma intensa no estudo das diversas dimensões e variabilidade da experiência humana na Amazônia e vêm refletindo sobre as mudanças ali ocorridas ao longo do tempo. A dinâmica estabelecida beneficia grandemente a maior interação com os demais profissionais especializados em cada campo científico, contribuindo significativamente para o aprimoramento de abordagens teóricas e metodológicas utilizadas, assim como permite melhor compreensão dos processos de mudança bio-cultural em curso na região.
O PPGA iniciou suas atividades, em agosto de 2010, com atuação em três dos quatro campos tradicionais da Antropologia, quais seiam, Antropologia Social, Arqueologia e Bioantropologia, e com perspectiva de incentivo às discussões e pesquisas também no campo da Linguística Antropológica. Nos três campos básicos, contempla a formação de cientistas antropólogos em nível de mestrado e doutorado. Analisar os processos de formulação social das diferenças culturais no tempo (histórico e pré-histórico) e no espaço (regional) com a finalidade de promover a formação da cidadania cultural pode ser considerado o objetivo (e o objeto) maior dos estudos antropológicos em todos os seus campos de atuação.
O campo da Antropologia Social tem por foco a formação teórica em Antropologia Social direcionada para atuação na Panamazônia levando em consideração a relação entre os antropólogos e os sujeitos sociais junto aos quais os profissionais trabalham, privilegiando a compreensão, por um lado, das dinâmicas sociais e políticas da diversidade cultural dos povos tradicionais que habitam a região, e, por outro, das particularidades dos agenciamentos e disposições de marcadores sociais da diferença em grupos urbanos.
Em Arqueologia, o objetivo é formar cientistas arqueólogos dentro da perspectiva teórica em arqueologia antropológica, direcionada para atuação na Amazônia transnacional, levando ainda em consideração a relação do arqueólogo e do patrimônio arqueológico com as populações e os povos que dele dispõem. .
Na Bioantropologia, o foco é a qualificação de profissionais para capazes de atuar nas diversas interfaces entre Arqueologia, Antropologia Social e outras áreas teóricas e práticas, assim como na escavação e investigação de sítios arqueológicos onde existam restos esqueletais humanos; na interação com pesquisadores interessados nos dispositivos biossociais que originam doenças entre populações tradicionais e grupos vulneráveis; em questões relacionadas à ética e bioética das pesquisas envolvendo seres humanos do presente ou do passado; em estudos sobre as relações entre biodiversidade e sociodiversidade, contribuindo, também, nas perícias na área de antropologia genética e forense.
As atividades do PPGA se desenvolvem no âmbito das oito linhas de pesquisa que sustentam as áreas de concentração ou campos: Antropologia Genética e Forense; Arqueologia na Amazônia; Cultura Material, Patrimônio e Sociedade; Gênero e Sexualidade; Memória, Paisagem e Produção Cultural; Migrações, Diásporas e Etnicidades; Povos Indígenas e Populações Tradicionais; e, enfim, Socioecologia da Saúde e da Doença.